No dia 17 de novembro, alunos, responsáveis e educadores do Colégio Sion do Rio de Janeiro (SION-RJ) participaram ativamente do Dia Mundial dos Pobres, realizado na Igreja da Matriz Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. Entre as variadas formas de atuação, o grupo da escola assumiu o espaço do “Bem-Estar”, junto com os religiosos da instituição Toca de Assis.
Irmã Jilvaneide, coordenadora de Pastoral do Sion-RJ, contou que todos os envolvidos vivenciaram momentos riquíssimos de afeto. Segundo ela, os estudantes tiveram oportunidade de atuar em defesa de quem precisa de solidariedade.
“Oferecemos cortes de cabelo, serviços de manicure, pedicure e maquiagem. Os próprios alunos realizaram os trabalhos e de forma muito atenciosa e dedicada. Em nome de todos os necessitados atendidos, agradecemos aos integrantes de nossa comunidade educativa pelas diversas doações. Nosso muito obrigada também às professoras, às mães solidárias e aos nossos jovens que doaram seu tempo com amor, em prol dos irmãos e irmãs que estão vivendo em situação de pobreza ou miséria.” – Irmã Jilvaneide
“Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa (cf. Lc 16, 19-21). Além disso este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização (cf. Mt 11, 5), procurando renovar o rosto da Igreja na sua perene ação de conversão pastoral para ser testemunha da misericórdia.” Papa Francisco
Como surgiu o Dia Mundial dos Pobres
O Ano Santo da Misericordia, encerrado em 20 de novembro de 2016, buscou aprofundar nossa reflexão e nosso agir sobre a misericórdia do Pai e, também, ajudou-nos a também sermos misericordiosos com nossos irmãos e irmãs, apontando os caminhos das obras corporais e espirituais.
Como ato de continuidade do Ano Santo da Misericordia, o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres, através da Carta Apostólica “Misericordia et misera”. Este título reflete o comentário de Santo Agostinho sobre o encontro de Jesus com a mulher adúltera (cf. Jo 8,1-11). Assim o Papa explica:
“Santo Agostinho não podia encontrar expressão mais bela e coerente do que esta, para fazer compreender o mistério do amor de Deus quando vem ao encontro do pecador: “Ficaram apenas eles dois: a mísera e a misericórdia”. Quanta piedade e justiça divina nesta narração. O seu ensinamento, ao mesmo tempo em que ilumina a conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, indica o caminho que somos chamados a percorrer no futuro…”
E ao terminar esta Carta, o Papa conclui: À luz do «Jubileu das Pessoas Excluídas Socialmente», celebrado quando já se iam fechando as Portas da Misericórdia em todas as catedrais e santuários do mundo, intuí que, como mais um sinal concreto deste Ano Santo extraordinário, se deve celebrar em toda a Igreja, na ocorrência do XXXIII Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres. Será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que Se identificou com os mais pequenos e os pobres e nos há de julgar sobre as obras de misericórdia (cf. Mt 25, 31-46).