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Origem de SION

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DE SION NO BRASIL

ANTECEDENTES: dos séc. XVI a XVII há uma renovação católica após crises provocadas pelo Renascimento. Predomínio do individualismo e do racionalismo.
No séc. XIX há a renovação do catolicismo após a crise provocada pela Revolução Francesa e as crises do séc. XVIII.

SITUAÇÃO DO BRASIL – inicia-se a escolarização formal feminina somente após 1827 com os estudos elementares. Mas o número de estabelecimentos era insuficiente e o ensino deficiente. “A oligarquia brasileira temia que um projeto educativo liberal pudesse ameaçar a posição subalterna das mulheres, que garantia a paz social” (p. 84).

SITUAÇÃO DA FRANÇA – laicização do ensino. As Irmãs de Sion deixam o país em setembro de 1888.

COMISSÃO QUE SOLICITOU A VINDA DE SION AO BRASIL – condessa Monteiro de Barros, condessa de Carapebus (dama de honra da Princesa Isabel), Sra. Tourinho, Condessa d´Estrella e Sr. Antônio Luis de Mello Vieira. Esta comissão enviou uma petição à Princesa Isabel, para trazer ao Brasil uma congregação para educar as meninas da alta sociedade carioca. A condessa Monteiro de Barros foi à Roma solicitar ao papa Leão XIII as licenças necessárias para a vinda das Religiosas de Sion ao Brasil. Elas saíram de Paris no dia 19/09/1888, aniversário de morte de Louise Humann. Vieram num Barco “Niger” (Messageries Maritimes), com mais de 800 pessoas.

CHEGADA DAS IRMÃS – 09/10/1888 a convite da condessa Eugênia Monteiro de Barros (pela sociedade carioca) e do monsenhor Spolverini, núncio apostólico, o qual dialogou com a superiora geral, Mère Marie Paul, em Paris.

RECEPÇÃO DAS IRMÃS: a condessa Monteiro de Barros, o núncio apostólico, o conde de Nioac (pelo imperador d. Pedro II) e cinco Irmãs de Caridade de S. Vicente de Paulo.

FUNDADORAS DE SION NO BRASIL: Mère Marie Felix, Mère Marie Chrysostome, Mère Marie Constantine, Sour Marie Dulcis e Sour Marie Osorline.
As Irmãs ficaram na Nunciatura até à tarde quando foram para uma casa à rua Barão de Itapagipe, 39 – Rio Comprido, de propriedade da Sra. Cecília Monteiro de Barros (mãe da condessa Eugênia), por quatro dias. Como a casa precisava de alguns reparos, o Sr. Militão as levou para uma de suas casas.

1ª MISSA: na capela do Hospital São José das Irmãs de São Vicente de Paulo aos dias 10/10/1888.

1ª MORADIA: à rua Carvalho de Sá (Gago Coutinho – Laranjeiras), em uma das casas do Sr. Militão M. de Souza, a partir do dia 12/10/1888. Foi aí que iniciaram os trabalhos para organização do colégio. Elas participavam das Missas na Igreja da Glória e na Capela do colégio da Providência (Irmãs de São Vicente de Paulo), na rua Pereira da Silva – Laranjeiras.

PERSONALIDADES QUE ACOLHERAM AS IRMÃS:

  • Sr. Amelot de Carvalho, ministro da França
  • 5 baronesas
  • Viscondessa Duprat
  • Mère Ouin, superiora das Irmãs de S. Vicente e suas Irmãs
  • Mère Saugère, do colégio Santa Isabel de Petrópolis

SEGUNDO GRUPO DE IRMÃS DE SION – chegada em 08/11/1888

  • Mère Marie Barthélemy (de Costa Rica), primeira superiora efetiva do Brasil.
  • Mère Marie Regis

MORTE DA MÈRE MARIE FELIX – 22/02/1889

FUNDAÇÃO EM PETRÓPOLIS (1889) – as Irmãs foram hospedadas no colégio Santa Isabel (Irmãs de S. Vicente). Decidiu-se ir para Petrópolis por causa da epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro.

REABERTURA DO COLÉGIO DO RIO – 01 de março de 1889 nos meses de janeiro a junho, e em Petrópolis, de julho a dezembro, o que durou apenas um ano.
Externato de meninos e meninas (11/03/1889) em Petrópolis – alugaram uma casa na rua dos Mineiros (rua Silva Jardim), de propriedade do visconde de Ubá e anteriormente ocupado pelo conde d´Eu e pela princesa Isabel.

RETORNO DAS IRMÃS AO RIO – 1891 à rua Carvalho de Sá (Gago Coutinho). Porém, em setembro desse ano houve outro surto de febre amarela fazendo mais uma vítima, a aluna Anna de Castro.

MORTE DE MAIS DUAS IRMÃS: Mère Espérance (11/10/1891) e Soeur Constantine (14/10/1891).
Retorno de Mère Marie Barthélemy à França e chegada de sua substituta, Mère Marie Fides de Sion – 21/10/1891. No dia 26/10 chega um telegrama da casa matriz proibindo a volta do colégio para o Rio.
De 1889 até 1904 o Sion se sobressai em Petrópolis por sua reputação incomparável a outro colégio. Transferência do Colégio para o Palácio Imperial em 30/09/1892 até 1908, por causa do grande número de alunas.
1893 – em 22 de janeiro, chegam ao Brasil mais seis Irmãs (três francesas e três tirolesas – Áustria) e em 06 de setembro, mais quatro.
1894 – visita da Superiora Geral, Mère Marie Paul, a Petrópolis. Neste ano havia apenas uma
noviça.

FUNDAÇÃO DE SION EM JUIZ DE FORA – 11/01/1897. Durou pouco tempo, mais ou menos 4 anos, devido à febre amarela e à necessidade de abrir um colégio em São Paulo.
1897 – em junho, chegam mais oito Irmãs ao país e é adquirida a propriedade do Retiro.
1898 – em janeiro, chegam mais três Irmãs, duas ficam em Petrópolis e a terceira vai para Juiz de Fora – MG.

COMPRA DE PROPRIEDADE EM PETRÓPOLIS (1903). Em 1905 foi erguido novo prédio atrás do já existente. Foi a sede de Sion até 1968 – Rua Benjamin Constant, 213.

A DIOCESE DE PETRÓPOLIS COMPRA O COLÉGIO SION (1968) – D. José Fernando Veloso compra o Colégio Sion para instalar aí a reitoria, a biblioteca e algumas salas da Universidade Católica de Petrópolis.
A Capela do colégio, de estilo renascentista, foi obra do engenheiro Heitor Silva Costa (1873 – 1947), o mesmo que construiu a estátua do Cristo Redentor no Corcovado. Inspirou-se na capela matriz de Paris que por sua vez é inspirada na Basílica do Ecce Homo (Jerusalém).
Mère Angelina chega ao Brasil em 23/06/1897 como superiora, para substituir Mère Fides, a qual, doente, teve de voltar à Europa. Mère Angelina foi a responsável das fundações de outras casas e sedes de colégios no Brasil:

  • São Paulo – 1901
  • Campanha – 1904
  • Curitiba – 1906
  • Rio de Janeiro – 1925

Desde quando foi fechado em 1891, o Colégio do Rio voltou a funcionar em 1908 na Rua São Salvador como um externato. Mère Angelina foi a primeira superiora e diretora. Mas, como o número de alunas cresceu muito, posteriormente, ela adquiriu mais dois prédios à rua Marquês de Abrantes.
Em 1919, Mère Dieudonnée substitui Mère Angelina e assume a compra da propriedade no Cosme Velho, com auxílio (empréstimo sem juros) do Abade do Mosteiro São Bento. A primeira parte da construção foi concluída em 1925 sob a direção de Mère Loys.
Em 1935 abriu-se a escola para 150 crianças pobres da redondeza na casa ao lado, número 120.
O Colégio do Rio se tornou misto a partir de 1971. Em 1988 tinha 1.400 alunos sob a direção pedagógica de Ir. Laura Maria e a direção administrativa de Ir. Elisa. Ir. Laura era assessorada pelas professoras e orientadoras pedagógicas Stella Maris de Souza Braga e Sandra Almeida Lacerda M. Calvet e a Ir. Elisa, pelo professor Marcos Ricardo de Carvalho.

PRESIDENTES DO BRASIL:
1. Marechal Deodoro da Fonseca – 1889 a 1891
2. Marechal Floriano Peixoto – 1891 a 1894
3. Prudente de Morais – 1894 a 1898
4. Campos Salles – 1898 a 1902
5. Rodrigues Alves – 1902 a 1906
6. Affonso Penna – 1906 a 1909
7. Nilo Peçanha – 1909 a 1910
8. Hermes Fonseca – 1910 a 1914
9. Wenceslau Braz – 1914 a 1918
10. Rodrigues Alves – 1918 (um dia)
11. Delfim Moreira – 1918 a 1919
12. Epitácio Pessoa – 1919 a 1922
13. Arthur Bernardes – 1922 a 1926
14. Whashington Luís – 1926 a 1930
15. Júlio Prestes – não governou (24 de outubro)
16. Menna Barreto, Almirante Isaías de Noronha e General Augusto Fragoso – Junta
governativa (24/10 a 03/11 de 1930)…