A liturgia deste domingo nos fala da importância de perseverarmos na oração, ainda que Deus pareça estar ausente e silencioso às nossas súplicas. Então, “para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer” (Lc 18,1), Jesus conta a parábola do mau juiz e da insistente viúva. Trata-se de uma parábola exclusiva do evangelista Lucas com a intenção de animar sua comunidade inquieta, ansiosa pela segunda vinda de Cristo e sofrida em meio às perseguições de seu tempo (década de 80 da era cristã).
Na época de Jesus, “a situação das viúvas era trágica. Elas eram pessoas socialmente abandonadas. Mesmo tendo bens, não os podiam administrar, caindo desta forma nas mãos de administradores perversos que as exploravam (Mc 12,40). Como na época não havia previdência social, muitas delas viravam mendigas, ou até prostitutas para não morrer de fome”. (https://www.ihu.unisinos.br/categorias/42-comentario-do-evangelho/623006-29-domingo-do-tempo-comum-ano-c-subsidio-exegetico).
Diante dessa realidade tão dura, só restava àquela viúva insistir até conseguir o que precisava. O juiz não temia a Deus nem considerava as pessoas, conforme diz a parábola, mas atendeu à viúva por causa de sua insistência (cf. Lc 18,2.4.5). Se um juiz iníquo fez justiça a quem não considerava, imaginemos Deus a quem Ele ama e que clama por Ele sem se cansar (cf. v. 7). Em outras passagens evangélicas, Jesus fala sobre a eficácia da oração: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá” (Mt 7,7-8; cf. Lc 11,9-10; Jo 14,13).
Também era pela oração perseverante que o Povo de Deus conseguia de Deus a vitória contra os seus opressores, como nos mostra o seguinte texto: “E enquanto Moisés ficava com as mãos levantadas, Israel prevalecia; quando, porém, abaixava as mãos, prevalecia Amalec” (Ex 17,11).
Respondeu nosso fundador, Pe. Teodoro a um amigo que se queixava de não ter sido atendido em suas orações por sua família: “Há perto de vinte anos que peço pela minha, nada obtive eis porque espero ainda” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Correspondência e Documentos, 1840-1853, p. 17).
Portanto, rezemos a Deus, por intercessão de Nossa Senhora de Aparecida, por nossa pátria que está tão sofrida e polarizada. Que o Senhor nos conceda a paz tão almejada e faça justiça a todos/as os/as que clamam por Ele, principalmente os/as mais necessitados/as.
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