O Evangelho deste domingo (Lc 16, 19-31) nos alerta sobre a brevidade de nossa vida (cf. Sl 39,6; 144,4; Jó 7,7) e como devemos nos comportar em relação aos bens e às pessoas, principalmente, as que mais precisam de ajuda, pois todos/as somos filhos/as de um mesmo Pai, logo, somos irmãos.
Jesus contou aos fariseus que um homem rico se vestia luxuosamente e todos os dias se banqueteava com fartura, enquanto um pobre, chamado Lázaro, desejava comer as migalhas de sua mesa e estava coberto de feridas. Ambos morreram. Enquanto Lázaro foi levado pelos anjos para o colo de Abraão, o rico foi sepultado e padecia tormentos.
Na sua condição de sofrimento, o rico suplicou que Abraão mandasse Lázaro aliviar sua agonia, mas Abraão o fez recordar que ele já havia tido todos os bens durante a vida e que agora era a vez de Lázaro, o qual só teve males. Além do mais, depois da morte, a distância entre eles era intransponível.
Nesta vida, entre os pobres e os ricos também há um grande abismo que os separa, mas ainda é possível encurtar essa distância e até mesmo fazê-la desaparecer quando se vive como irmãos, na solidariedade, no amor e na partilha, sem preconceitos nem explorações dos mais frágeis (cf. Am 8,4ss).
Segundo Pe. Teodoro, nosso fundador, “rico, porém, não é somente aquele possuidor de bens materiais; é o homem satisfeito consigo mesmo, que procura nas coisas da terra seu consolo e sua glória. E o pobre, segundo o evangelho, é, ao contrário, o cristão desprendido de tudo que é transitório” (Theodoro Ratisbonne. Migalhas Evangélicas, p. 149).
A segunda parte do texto fala sobre a importância de ouvir e praticar a Palavra de Deus (Moisés e os Profetas nos vv. 29 e 31), pois nenhuma pessoa que já morreu voltará para alertar os que estão vivos, como suplicou o rico, desejando livrar seus irmãos dos mesmos tormentos que ele estava sofrendo (cf. v. 28).
Hoje, quando a Igreja Católica comemora o Dia Nacional da Bíblia, agradeçamos ao Senhor por nos dar a Sua Palavra. Ela nos ilumina, nos converte, nos orienta e nos liberta. Peçamos a graça de estuda-la e praticá-la no dia a dia de nossas vidas.
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