Querida comunidade sionense,
Neste 4º Domingo da Páscoa refletiremos sobre o “Bom Pastor”, Jesus.
Situemos, na Bíblia, essa imagem pastoril característica do mundo religioso do oriente. No Antigo Testamento, essa imagem expressa bem as relações de Deus, o Pastor, com seu povo, as ovelhas. Deus sempre cuidou de seus/suas filhos/as e, pela boca dos profetas, denunciou os “falsos pastores” – chefes políticos e religiosos – os quais, só pensavam em si mesmos e abandonavam o povo à própria sorte (Cf. Ez 34; Is 40,11; Jr 23,3; Sl 23; 80,2; 95,7; 100,3).
No tempo de Jesus também havia muitos falsos e maus pastores (líderes). O rebanho, principalmente, as pessoas mais vulneráveis e pobres, estava sendo esquecido, explorado e conduzido ao erro. É nesse contexto que Jesus vem cumprir as Sagradas Escrituras se identificando com o Bom Pastor, aquele que cuida, promove e até dá a vida por suas ovelhas.
O evangelho de João 10,11-18, mostra que Jesus não pode ser comparado a nenhum outro pastor, muito menos a um mercenário, aquele “que trabalha para seu próprio interesse: dinheiro, notoriedade, poder…” (Marcel Domergue). É natural que as ovelhas sirvam para favorecer seus pastores, seja com sua lã, com sua carne ou com o dinheiro de sua venda. Mas Jesus é o “BOM” pastor, cujo único interesse é salvar suas ovelhas e toda a humanidade. Para tanto, Ele oferece seu corpo e sangue. “Portanto, não é mais o rebanho que alimenta o pastor, mas o pastor que, com sua própria carne, alimenta o rebanho” (Marcel Domergue. Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/42-
Toda crise nos revela algo de nós mesmos/as e da sociedade em que vivemos. Certamente, nesse tempo de pandemia, estamos aprendendo muito sobre os/as pastores/as que mais se aproximam e os/as que mais afastam do Bom Pastor, incluindo nós mesmos/as no exercício de nossas funções religiosas e/ou sociais e políticas.
O Papa Francisco disse que o pastor “deve ter o poder e a autoridade que tinha Jesus, aquela da humildade, da mansidão, da proximidade, da capacidade de compaixão e de ternura” (https://www.vaticannews.va/
“Oh! Quão grande seria nossa segurança, se, como humildes e confiantes ovelhas, abandonássemos a Deus o cuidado de tudo que nos diz respeito, sem nos preocuparmos inutilmente!”, disse nosso fundador. (Theodoro Ratisbonne. Migalhas Evangélicas, p. 205).
Finalmente, rezemos por todos/as que exercem autoridade e/ou tutoria sobre outras pessoas. E, quem for católico, especificamente, reze pelos Religiosos/as, Padres, Bispos e pelo Papa Francisco, pois hoje é o Dia Mundial de Oração por suas Vocações.
Agora cante com sua família: