MOMENTO DE ESPIRITUALIDADE

Neste 6º Domingo da Páscoa refletiremos sobre a PAZ, palavra de origem latina “pax” que significa ausência de guerra, calmaria. Associada ao conceito de “Pax Romana”, dizia respeito a um período em que as nações dominadas e subjugadas pelo império romano mantinham-se obedientes à sua legislação. Em grego, “eirene” significa tranquilidade de espírito e no Novo Testamento, agrega o conceito de “reconciliação” entre partes conflitantes.
“Deixo-vos a paz, minha paz eu vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração” (Jo 14,27), disse Jesus a seus discípulos em seu discurso de despedida, durante a última ceia.
A paz que Jesus nos deixou foi o “shalom”, cujo sentido é bem mais profundo e amplo do que em todos os demais idiomas. Sendo um homem judeu, Jesus compreendia muito bem o significado desse termo hebraico. Lembra-nos Pe. Vitório Cipriani que o radical da palavra “SHaLoM” designa “quitação de dívidas”. Assim, por Sua morte e ressurreição, Jesus quitou nossa dívida com o Pai, reconciliando-nos com Ele (cf. Col 1,20; Rm 5,10; 2 Cor 5,18), já que Adão e Eva haviam quebrado essa relação no jardim do Éden (cf. Gn 3,1ss).
E mais, shalom significa ““estar completo”, “estar são”, “estar bem em todos os sentidos”, “ser próspero e feliz”. Shalom é o completo bem estar que certamente equivale à paz no mais profundo significado: paz com Deus e, em conseqüência, conosco e com os semelhantes” (https://biblia.com.br/dicionario-biblico/s/shalom/).
Pe. Teodoro Ratisbonne, o nosso fundador, disse: “O que peço para você é um espírito de paz e de contentamento e um amor apaixonado pela vontade de Deus” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Correspondências e Documentos – 1840-1853, p. 124).
Rezemos, pois pela paz em cada coração, em cada família e pelo fim das guerras e dos conflitos entre as nações.
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