O Evangelho de Lc 9,28-36 fala da “transfiguração”. Trata-se da revelação da identidade e do destino de Jesus diante de Seus discípulos mais próximos: Pedro, João e Tiago, através de uma mudança da figura humana para a divina.
“Enquanto orava, o aspecto de seu rosto se alterou, suas vestes tornaram-se de fulgurante brancura. E eis que dois homens conversavam com ele: eram Moisés e Elias que, aparecendo envoltos em glória, falavam de seu êxodo que se consumaria em Jerusalém.” (v. 29-31).
A alteração do rosto de Jesus evoca a manifestação de Deus a Moisés no monte Sinai (cf. Ex 34,29; Mt 17,2) e a mudança do aspecto de Suas vestes (cf. Mt 17,2; Mc 9,3) mostra que Ele é Deus, como afirma Pe. Vitório Cipriani: “as três descrições das ‘vestes’ de Jesus não deixam dúvida: é o ‘divino’”.
São as Escrituras, nas figuras de Moisés=Torah e de Elias=Profetas, que revelam o destino de Jesus: paixão, morte e ressurreição (cf. Lc. 24,25-27).
“Da nuvem, porém, veio uma voz dizendo: ‘Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o” (Lc 9,35). Diante da magnífica manifestação divina, somos chamados/as a escutar, acolher e adorar Jesus, por meio da comunhão com Ele, em atitude orante.
Disse o nosso fundador, Pe. Teodoro Ratisbonne: “Existem almas privilegiadas que, após longa fidelidade à oração, são premiadas já neste mundo com a contemplação do céu” (Theodoro Ratisbonne. Migalhas Evangélicas, p. 143).
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