Estamos vivendo um tempo litúrgico na Igreja chamado “Quaresma”. Esse termo lembra-nos do número quatro e seus compostos quarenta (cf. Gn 7,17 – dilúvio) e quatrocentos (cf. Gn 15,13 – escravidão no Egito), os quais, segundo Pe. Vitório Cipriani, na Bíblia, indicam “a solução de crise”. Foram quarenta dias que Jesus passou no deserto sendo tentado pelo diabo e “nada comeu nesses dias” (Lc 4,2; cf. Mt 4,2; Mc 1,13).
Com início na “Quarta-feira de Cinzas”, a própria liturgia da “Quaresma” nos dá a oportunidade para maior recolhimento e reflexão. Ela nos orienta a examinarmos como está nosso relacionamento conosco mesmos/as, com Deus e com o próximo. Por isso, a Igreja nos encoraja à prática da esmola, do jejum e da oração – oremos pela PAZ. São meios de nos preparar melhor para viver a Páscoa, ou seja, passarmos da morte à vida, assim como Jesus, nosso Senhor.
“Porque se confessares com tua boca que Jesus é Senhor e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois quem crê de coração obtém a justiça, e quem confessa com a boca, a salvação” (Rm 10,9-10).
Adão e Eva, no jardim do Éden, sucumbiram à tentação da serpente porque desobedeceram à ordem divina e comeram do fruto proibido (cf. Gn 3,3.6). Jesus, no deserto, nada comeu – mas venceu às tentações por Sua fidelidade à Palavra de Deus: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4; cf. Dt 8,3).
Disse o nosso fundador, Pe. Teodoro Ratisbonne: “A exemplo do nosso divino Salvador, anularemos as astúcias do inimigo, se permanecermos humildemente apegados à palavra divina, da qual é intérprete a Igreja” (Theodoro Ratisbonne. Migalhas Evangélicas, p. 137).
“Sim, porque a palavra está muito perto de ti: está na tua boca e no teu coração, para que ponhas em prática” (Dt 30,14).
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