Isaías 50, 4ss nos apresenta o terceiro canto do Servo. Não sabemos quem ele foi, mas não há dúvida de que o texto retrata o exílio da Babilônia, quando o povo estava perdendo a esperança e a confiança de que Deus estaria com ele. Talvez, por isso, a tradição judaica tenha identificado esse Servo com Israel. Já a tradição cristã, o identificou com o próprio Jesus, morto e ressuscitado.
“Ofereci o dorso aos que me feriam e as faces aos que me arrancavam os fios da barba; não ocultei o rosto às injúrias e aos escarros. O Senhor virá em meu socorro, eis por que não me sinto humilhado” (Is 50,6-7b).
Diante da oposição dos que perderam a esperança na libertação e diante das forças da opressão e da morte, o Servo do Senhor testemunha sua fidelidade e a certeza de que vale a pena confiar e esperar em Deus, mesmo quando tudo parece sem sentido e sem sucessos.
Disse Pe. Teodoro, nosso fundador: “Ninguém é coroado sem ganhar a vitória, e esta supõe provações, lutas e combates” (Livro: Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Correspondências e Documentos – 1840-1853, p. 172).
Em Mc 8,27ss, as perguntas de Jesus sobre quem ele era têm dois destinatários: os judeus (judaísmo) e os seus discípulos (cristianismo). Para os primeiros, Jesus foi apenas um grande e poderoso profeta, para os cristãos, Jesus é o Messias, o Filho de Deus, o Senhor. Porém, embora Pedro tenha respondido corretamente à pergunta do Mestre, na verdade, ele não compreendia todo o significado do que proclamou. Por isso, quando Jesus começou a dizer que sofreria muito, seria rejeitado, seria morto e ressuscitaria após três dias, Pedro o repreendeu e, em resposta, também foi repreendido: “Arreda-te de mim, Satanás, porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!” (v. 33b).
“Frente a frente o Evangelho deste domingo (12/09) coloca a lógica dos homens (Pedro) e a lógica de Deus (Jesus). A lógica dos homens aposta no poder, no domínio, no triunfo, no êxito; garante-nos que a vida só tem sentido se estivermos do lado dos vencedores, se tivermos dinheiro em abundância, se formos reconhecidos e incensados pelas multidões, se tivermos acesso às festas onde se reúne a alta sociedade, se tivermos lugar no conselho de administração da empresa. A lógica de Deus aposta na entrega da vida a Deus e aos irmãos; garante-nos que a vida só faz sentido se assumirmos os valores do Reino e vivermos no amor, na partilha, no serviço, na solidariedade, na humildade, na simplicidade”. (https://www.dehonianos.org/
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