O evangelho de Mc 4,35-41 relata que Jesus estava dormindo num barco durante uma forte tempestade e que seus discípulos se apavoraram de medo e o acordaram dizendo: “Mestre, não te importa que pereçamos?”
Por acaso, não acontece algo parecido conosco, principalmente quando passamos por momentos difíceis, seja por doença, por morte de alguém querido/a, por problemas financeiros, por desemprego, etc? Como nos comportamos diante dessas dificuldades? Onde está o Senhor nessas circunstâncias e nesses momentos?
Essa pandemia e todas as suas consequências, especialmente a perda de mais de 500 mil brasileiros, nos causam pavor e medo e nos fazem clamar por ajuda divina assim como clamaram os discípulos de Jesus.
Por mais fé que tenhamos, nossa condição humana revela nossa grande fragilidade diante da ameaça da morte. Neste sentido, afirmou o Pe. Teodoro, nosso fundador: “As tentações nos fazem conhecer a fraqueza de nossa natureza humana e os pontos vulneráveis de nosso coração… nos tornam mais humildes, ao mesmo tempo que exercitam a oração, a contrição, a vigilância” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Vida Religiosa em Sion, 4b – 1854-1884, p. 68).
A melhor notícia é que o Senhor jamais nos abandona. Às vezes, não o percebemos, por causa de nossa pouca fé, mas Ele está aí nos carregando no colo, nos segurando pela mão, sofrendo conosco e nos livrando do pior, toda vez que o invocamos. Portanto, demos graças ao Senhor porque Sua misericórdia é eterna, parafraseando o salmista (cf. Sl 107,1).
No dia 20/06, é celebrado o dia do migrante e do refugiado. Rezemos e lutemos para que eles sejam acolhidos nos países onde chegam. Milhares deles acabam morrendo, anualmente, na travessia de terras e mares em busca do sonho de uma vida mais digna. Os que chegam com vida, passam por outras tantas tempestades: as da indiferença, da rejeição, do preconceito, da fome, do frio, da violência, etc.
Disse o Papa Francisco, por ocasião do 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado: “Na realidade, estamos todos no mesmo barco e somos chamados a empenhar-nos para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. (https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20210503_world-migrants-day-2021.html).
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