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Educação que vai Contra a Intolerância Religiosa

Durante o ano letivo, a professora de Ensino Religioso do 7º ano do Ensino Fundamental II do colégio Sion-RJ,  Irmã Jilvaneide, e o professor de Cultura Judaica, da escola Eliezer Max, Rodrigo Baumworcel, organizaram um encontro entre os alunos das duas instituições, na escola católica. A atividade teve como objetivo exercitar o acolhimento ao diferente e o diálogo entre os jovens judeus e católicos, além de valorizar a riqueza da aprendizagem mútua e a troca de diferentes experiências.

Em continuidade ao trabalho, no dia 1 de outubro, foi a vez da escola Eliezer Max convidar os alunos de Sion para a Festa dos Tabernáculos, também conhecida como Sucôt ou Cabanas, realizada no colégio judeu. A festividade acontece anualmente, duas semanas após a festa de Rosh Hashsnah – a celebração do ano novo de acordo com o calendário judaico, que acontece no final do mês de setembro ou princípio de outubro. Os alunos da escola católica tiveram a oportunidade de saber mais a respeito do assunto. Aprenderam que, originalmente, trata-se de uma festa agrícola, na qual é feita uma homenagem à memória do povo hebreu, que peregrinou pelo deserto durante 40 anos a caminho da Terra Prometida. Aprenderam também que, nesse período, é comemorado o término das colheitas em Israel.

Irmã Jilvaneide conta que, durante o encontro, os alunos do colégio Sion foram convidados a preparar o Challah, tradicional pão trançado judaico. Para ela, “a atividade proporcionou união, estima mútua e respeito pelo modo de ser, pensar, agir e rezar dos outros, entre todos do grupo”. Segundo Ir. Vaneide, vice-diretora e coordenadora de Pastoral do colégio Sion, que acompanhou o grupo nos dois acontecimentos, os estudantes sionenses, que são católicos, puderam exercitar na prática o acolhimento ao diferente, por meio do diálogo com os alunos judeus e, ainda, conhecer e vivenciar uma festa judaica. “O Colégio Sion, fundamentado no carisma da Congregação das Religiosas de Nossa Senhora de Sion, promove o respeito às diferenças, sejam elas religiosas, culturais e/ou sociais, por exemplo. Este foi um momento privilegiado devido a possibilidade da vivência dos Pilares de Sion. Costumo dizer que a intolerância é consequência da ignorância, por isso, favorecemos o conhecimento e diálogo entre as religiões. Nesse segundo encontro, igualmente muito significante para nós, enquanto educadores e formadores, pudemos perceber que a amizade e o respeito entre eles foi, de fato, fecundado. Além de um momento cultural riquíssimo, foi muito divertido, irreverente e descontraído!”, revelou Ir. Vaneide