O Evangelho de domingo (18/09) nos fala sobre como deve ser nossa relação com o dinheiro e os bens deste mundo, enquanto estamos caminhando para a eternidade. Para isso, Jesus conta a parábola do administrador desonesto, o qual agiu com prudência quando foi denunciado e chamado para prestar contas de sua administração (cf. Lc 16,1-8).
Com medo de passar necessidades quando fosse demitido, o administrador decidiu convocar os devedores do seu senhor e diminuir suas dívidas a fim de ter quem o recebesse na própria casa (cf. Lc 16,4.6-7). Assim também nós somos chamados/as a cultivarmos boas relações com as pessoas, uma vez que, só levaremos conosco para a eternidade o bem que praticarmos nesta vida.
Esse é o tempo para cuidarmos dos bens de Deus, nosso Senhor, enquanto administradores/as de Sua criação, para o bem de toda a humanidade, principalmente, dos/as mais necessitados/as. Consequentemente, não devemos usar esses bens com ganância e apego, como se nos pertencessem, pois tudo é de Deus e estamos de passagem neste mundo. Infelizmente, um dos maiores bens divinos, a Amazônia, está sendo desmatada, usurpada, destruída; os povos originários que dela dependem para sobreviver e que são os seus melhores guardiões estão sendo assassinados.
Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os que, com usura e desejando ter cada vez mais para si, acabam prejudicando e explorando os/as mais pobres. Deus, no entanto, pedirá contas a eles conforme está escrito: “Não esquecerei jamais nenhuma de suas ações” (Am 8,7).
Disse nosso fundador, Pe. Teodoro: “Se a Providência lhe confiou bens terrenos, considera-se como seu administrador e não como seu proprietário. Tem posses, como se não as possuísse, e usa deste mundo como se dele não usasse” (Theodoro Ratisbonne. Migalhas Evangélicas, p. 344-345).