O Evangelho (Lc 9,51-62) deste 13º Domingo do Tempo Comum vai nos falar de três pessoas desejosas de seguirem Jesus, enquanto Ele caminha rumo a Jerusalém, para cumprir plenamente a vontade de Deus, por Sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Lucas faz o Mestre esclarecer Suas exigências e condições para esse seguimento: primeiro, é preciso crer no Cristo morto e ressuscitado, segundo Pe. Vitório Cipriani, pois a resposta de Jesus ao primeiro candidato ao discipulado remete “à morte e ao túmulo – postura e lugar onde a cabeça fica reclinada”: “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (v. 58). Outra interpretação do significado dessa frase, talvez, seja que se deva priorizar o Reino de Deus, em vez de buscar por segurança e conforto.
A segunda condição para caminhar com Jesus rumo a Jerusalém consiste em, por um lado, despojar-se de obrigações que possam impedir a adesão à proposta do Mestre e, por outro, assumir uma atitude de ressuscitados, não de mortos: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus” (v. 60).
Ao dizer ao terceiro candidato: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus” (v. 62), Jesus quis mostrar que, para ser Seu/Sua discípulo/a, é preciso desapegar-se do passado, e até da própria família, se ela for obstáculo para total entrega a Deus e ao Seu Reino. Jesus mesmo era livre diante de Sua família, como por exemplo, em Mt 12,48-50, Ele diz que Sua mãe e Seus irmãos são todos os que fazem a vontade de Deus. Já em Lc 2,49, quando Sua Mãe, aflita, o encontra no Templo, após três dias que estava perdido, Ele lhe responde: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?
Portanto, seguir Jesus Cristo “implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós próprios, com o amor até às últimas consequências”. (https://www.dehonianos.org/portal/dia-liturgia/13o-domingo-do-tempo-comum-ano-c/).
Pe. Teodoro Ratisbonne, nosso fundador, disse a respeito dos primeiros seguidores de Jesus: “Eles eram de tal modo desapegados do mundo que seu maior desejo era o martírio, e suspiravam pelo momento afortunado no qual, despojados de suas cadeias, poderiam lançar-se nos braços de Jesus Cristo e unir-se a este Deus de amor que é a fonte de tudo o que é grande, belo e delicioso” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Vida Religiosa em Sion. 1854-1884, p. 70).
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