Nesse 5º Domingo da Páscoa refletiremos sobre o novo mandamento de Jesus: “Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros” (Jo 13,34). Ele estava celebrando a última ceia com Seus discípulos quando lhes deu esse mandamento. Judas tinha saído da sala para entregar o mestre aos inimigos (cf. Jo 13,31). Estava próxima a Paixão e Morte de Jesus, e Ele sabia disso.
A novidade desse mandamento não está no conteúdo nem na sua essência. Jesus não foi o primeiro a ensinar o mandamento do Amor. Mas já em Lv 19,18 está escrito: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Esse preceito de Deus era e continua sendo conhecido e praticado pelo povo judeu. A novidade está no modo de amar – como Jesus, ao ponto de dar a própria vida – e “na evolução do conceito de próximo” (Pe. Vitório Cipriani).
Já que o mestre estava se despedindo, precisava deixar um legado para Seus seguidores. Esse legado era o que O tornaria presente e sempre vivo em nosso mundo, pois Ele era Deus e Deus é AMOR. Assim, toda vez que praticarmos o amor para com nosso/a semelhante, estamos sendo verdadeiros/as discípulos de Jesus e mais, estamos sendo um Outro Cristo.
Pe. Teodoro Ratisbonne, o nosso fundador, disse: “Não pagaríamos amor com amor a quem nos amou primeiro, àquele que nos amou desde toda a eternidade? Ah! Amemo-nos também uns aos outros porque… poderá haver no mundo algo de mais doce, mais nobre, mais comunicativo de vida?” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Sermões e Conferências – 1840-1853, p. 38).
Então, fica evidente que todo discurso e toda prática de ódio, violência, guerra, discriminação, opressão e descaso com a vida em todas as suas formas, não podem vir de Deus e de quem se diz seguidor de Jesus Cristo. Fiquemos atentos/as!