MOMENTO DE ESPIRITUALIDADE

Já estamos no terceiro domingo da Quaresma, do tempo litúrgico privilegiado para revisarmos nossas atitudes e melhorarmos mais um pouco como pessoa, através de uma verdadeira experiência de conversão.

São muitas as tragédias e as tempestades que estão acontecendo e de maneira globalizada. Justamente quando a humanidade estava quase superando a pandemia da Covid 19, estourou a guerra da Rússia contra a Ulcrânia, a qual está afetando novamente todo o mundo, entre outras tragédias.

Há quem diga que tais fatalidades são consequências dos nossos pecados ou são castigos de Deus. Mas, em Lc 13,1-5, “Jesus contesta a teologia da retribuição – segundo a qual, para cada pecado, há proporcional castigo – e nega que quem sofre desgraças seja sempre culpável” (Pe. Nilo Luza. Liturgia Diária. Paulus: março de 2022. Ano 31, nº 363, p. 80).

Então, qual deverá ser nossa atitude diante desses acontecimentos? Jesus responde: “se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo” (Lc 13,3.5). Em seguida, conta a parábola da figueira que, por não ter dado os frutos esperados, seu dono decidiu cortá-la. Porém, ao ser interpelado pelo empregado, o qual prometeu cuidar um pouco mais da figueira, deu uma nova chance de vida à sua árvore (cf. Lc 13,6-9).

Assim também nós recebemos de Deus novas oportunidades de nos convertermos em pessoas melhores. Só o fato de estarmos vivos/as é o maior motivo para agradecermos ao Senhor continuamente e voltarmos nossos corações para Ele, bem como, para nossos/as irmãos/ãs, principalmente quem estiver mais necessitado/a.

Disse o nosso fundador, Pe. Teodoro Ratisbonne, sobre nossa relação com Deus e com o próximo: “Procurai pois em Deus toda a vossa felicidade, mas só a encontrareis, se a derramais sobre os outros” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Vida Religiosa em Sion. 1854-1884, p. 111).