Na reflexão do domingo passado, vimos Jesus identificado com o Servo Sofredor sobre o qual falam alguns textos do Antigo ou Primeiro Testamento (cf. Is 50,6ss; Sb 2,18ss; Sl 22,8-9; Jr 11,19). No Novo Testamento, Jesus fala do Seu sofrimento e de Sua morte em Jerusalém pelos três anúncios da Paixão: “O Filho do Homem será entregue às mãos dos homens e eles o matarão e, morto, depois de três dias ele ressuscitará” (Mc 9,31; cf. 8,31-33; 10,32-34 e seus paralelos).
Hoje, Jesus nos ensina qual é a principal característica do/a discípulo/a que se dispõe a segui-Lo: colocar-se a serviço dos/as outros/as e não querer se impor aos demais, colocando-se numa posição superior.
Nos evangelhos sinóticos (Mt, Mc e Lc), esse ensinamento de Jesus se insere após o segundo anúncio de Sua paixão, quando os Seus discípulos se perguntam sobre quem é o maior. Então Jesus diz: “Aquele, portanto, que se tornar pequenino como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus” (Mt 18,4), “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35) e “aquele que no vosso meio for o menor, esse será grande” (Lc 9,48).
“Como é possível discutir quem é maior ou menor quando o Mestre sofreu a paixão e morte de cruz a serviço dos outros?” (Pe. Vitório Cipriani, nds). De fato, essa discussão não cabe na lógica de Jesus, cuja escala de valores, do amor, da gratuidade, do serviço, não corresponde à do mundo: da ambição, do lucro, da dominação.
Disse Pe. Teodoro, nosso fundador: “Vencerão o mal pelo bem e crescerão para o céu aqueles que preferirem os últimos lugares na terra” (Theodoro Ratisbonne. Migalhas Evangélicas, p. 149).
“A nova sociedade proposta por Jesus não prevê lugar para dominador e dominados, explorador e explorados. Todos são irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai celeste e regidos pela exigência do serviço fraterno” (https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/19-domingo-2/#.YUTwxbhKjIU).
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