Refletiremos hoje sobre a missão que o próprio Jesus confiou a todos/as nós, cristãos e cristãs a partir do Evangelho de Mc 6,7-13. Ele quis contar com seus apóstolos para serem um outro Ele mesmo e por isso, “deu-lhes autoridade sobre os espíritos impuros” (v. 7). Não os enviou individualmente, mas “dois a dois” (v. 7), sinalizando que “a missão não é propriedade de uma pessoa, e sim de toda a comunidade. Os/as missionários/as são enviados em nome de uma comunidade” (Maria Cristina Giani. In http://www.ihu.unisinos.br/…/500161-domingo-12-de-julho…).
Com a pandemia da Covid 19, cresceu a tendência de uma fé individualista e autossuficiente, já que faz-se necessário evitar aglomerações. Mas o Papa Francisco adverte para o risco de uma Igreja acomodada e fechada em si mesma. E, citando o documento de Aparecida, diz: “Na doação, a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais” (Francisco, Exort. ap. Evangelii Gaudium, n. 10. In https://www.vatican.va/…/papa-francesco_esortazione-ap…). Neste sentido, os símbolos do “cajado e das sandálias” (cf. Mc 6,8.9; Ex 12,11) evocam a Páscoa, a saída do povo de Deus da escravidão para a liberdade.
Portanto, mesmo em distanciamento social e obedecendo aos protocolos sanitários, somos chamados/as a comunicar vida aos demais. O que o Senhor nos pede e a quem nos envia? Primeiro, Ele nos pede que nos aproximemos dEle: “chamou a si” (v. 7). Renovemos hoje mesmo o nosso encontro pessoal com Jesus Cristo e tomemos a decisão de nos deixar encontrar por Ele, como nos convida o papa Francisco (EG n. 3). Depois, o Senhor mesmo nos envia a quem precisa de pão em sua mesa e do Pão da Palavra, a fim de partilharmos a alegria de pertencemos a Ele.
Esta pandemia tem trazido muitos problemas físicos, psíquicos e espirituais. Há muita gente clamando por libertação de suas doenças, ansiedades, medos, ressentimentos, solidão, etc.
“Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. (Papa Francisco – EG n. 14).
Finalmente, Jesus adverte: “E se algum lugar não vos receber nem vos quiser ouvir ao partirdes de lá, sacudi o pó de debaixo dos vossos pés em testemunho contra eles” (v. 11). A liberdade, depois da vida, é o maior dom que Deus nos deu. Ninguém deve obrigar o/a outro/a a acolher a Boa Nova.
Disse nosso fundador, Pe. Teodoro: “O Evangelho prega a renovação da pessoa inteira à imagem do que aconteceu na criação do mundo” (Theodoro Ratisbonne. Origens de Sion. Sermões e Conferências – 1840-1853, p. 42).
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