6º Domingo da Páscoa e dia das Mães! É impressionante como a liturgia deste dia vai nos conduzir à reflexão sobre o AMOR.
O Salmo 98,3 diz que o Senhor “lembrou-se do seu amor e fidelidade em favor da casa de Israel”. Já no Evangelho, Jesus diz: “Assim como o Pai me amou também eu vos amei. Permanecei em meu amor” e nos dá Seu mandamento: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,9.12). João ainda escreve na sua primeira carta que conhece a Deus aquele/a que ama, pois “Deus é Amor” (1 Jo 4.8.16).
Justamente neste dia comemoramos aquelas que, por natureza, dão o maior exemplo de amor. Não é por acaso que a Bíblia compara Deus a uma mãe (cf. Is 49,15) e cujos atributos da misericórdia e compaixão são por nós compreendidos em analogia à essência materna.
“De acordo com a mentalidade israelita, o útero fértil e os seios fartos de leite materno são uma referência à imagem da bênção, que é advinda de Deus como uma maneira de presentear a mulher (Gn 49,25). (…) Tanto as mulheres quanto os homens são portadores de maneira significativa pela compaixão, assim como se observa em Gn 43,30.” (http://www.tecendosfiosdaexistencia.com/2017/11/pela-misericordia-os-seres-sao-gerads.html).
A palavra útero, Rehem, em hebraico (cf. Jr 1,5), de mesma raiz da palavra compaixão (cf. Is 49,15; 54,10) e Koilía, em grego (cf. Lc 1,15.41.42.44), tem o significado de interior escondido onde se dá a formação/criação da vida e pode ser entendido também como lugar de pensamentos e sentimentos (cf. REIMER, Ivoni Richter. O Belo, as feras e o novo tempo. São Leopoldo: CEBI. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 104).
Segundo o Papa Francisco, “a “maternidade” de Deus é uma experiência existencial de um amor que se compadece de nossas fraquezas, pois a atitude de Deus em contato com a miséria humana, com a nossa indigência, com o nosso sofrimento e angústia é comparável à reação de uma mãe face ao sofrimento dos filhos. Assim Deus nos ama, nos ama como uma mãe”. (cf. Papa Francisco, Angelus, 9 de junho de 2013).
Disse o nosso fundador: “Reconhecereis que Deus não é senão amor, que não dá senão amor, que não pede senão amor, amor por amor.” (Theodore Ratisbonne. Origens de Sion. Primeiros Escritos – 1825-1840, p. 135).
Louvemos a Deus, por nossa mãe da Terra e pela Mãe do Céu, Maria! Que ela interceda a Deus por nós e por toda a humanidade. Feliz Dia das Mães!!!
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