MOMENTO DE ESPIRITUALIDADE

Neste domingo a Igreja católica celebra a Assunção de Maria, a mãe de Jesus. Trata-se de um dogma de fé, definido pelo Papa Pio XII, em 1950. Ele afirma que Nossa Senhora foi elevada ao céu, de corpo e alma, após ter vivido nesta terra e proclama que o corpo humano não acaba aqui neste mundo, mas tem uma dignidade e um destino sobrenaturais. É o Senhor mesmo quem nos convida à santidade pela participação na Sua glória.

“Notemos que a expressão “foi assunta” é muito precisa no âmbito lógico e teológico, uma vez que só Cristo, nosso Senhor, ascendeu ao céu, ao passo que a Virgem Santíssima foi assunta ou elevada por Deus. Daí celebrarmos a Ascensão (elevar-se por si mesmo) do Senhor e a Assunção (ser elevada por outro) de Nossa Senhora”. (https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-11/70-anos-dogma-assuncao-nossa-senhora-dom-orani.html)

Segundo Pe. Vitório Cipriani, nds, Maria é apresentada como a Arca da Aliança, já que carregou o Senhor da Aliança, Jesus, em seu ventre. É possível perceber as semelhanças entre o texto de 2Sm 6,1ss e Lc 1,39ss.: João Batista estremece (dança de alegria – Lc 1,41) no ventre de sua mãe Isabel quando ela escuta a saudação de Maria grávida de Jesus, assim como o rei Davi dança diante da Arca (a qual continha as Tábuas da Aliança – 2Sm 6,5.14). Isabel se pergunta sobre o privilégio de receber Maria em sua casa (Lc 1,43), assim como Davi se sente indigno de receber a Arca do Senhor em sua residência (2Sm 6,9).

Ainda no primeiro capítulo de Lucas notamos duas expressões que compõem a oração da “Ave Maria”, a saber: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre!” (v. 42; cf. Dt. 28,3). Enquanto Jael (cf. Jz 5,24) e Judite (cf. Jt 13,18), mulheres do Antigo Testamento, são enaltecidas por terem salvado seu povo da opressão estrangeira, Maria é exaltada e venerada, ao longo dos séculos, por vários povos, porque nos trouxe o Salvador e tornou-se nossa Mãe do Céu.

Disse Pe. Afonso, nosso co-fundador: “Maria nos conduz a Jesus; não vem senão para nos levar a Ele. Não vamos a Maria senão para sermos conduzidos, por Ela, aos pés de Jesus” (Maria Afonso Ratisbonne, In: “Carmelle, Ir. Marie. O Acontecimento de 20 de janeiro de 1842”. São Paulo, 1983, p. 113).

Feliz Festa da Assunção de Maria! Nossa Senhora da Glória, rogai por nós!

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